A palavra “família” significa um grupo de pessoas ligadas por parentesco. Mas, com o tempo, o significado dela mudou. Neste texto, vamos contar como surgiu a palavra “família” e como seu conceito foi influenciado nos tempos da Grécia e Roma antigas.

A origem etimológica da palavra família

A palavra “família” tem origem no latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Na Roma Antiga, o termo se referia ao grupo de pessoas sob a autoridade de um chefe, o “paterfamilias”, que incluía os escravos dependentes dele.

Naquele tempo, a família diferia do que conhecemos hoje. Na verdade, era vista como uma unidade econômica e política, onde o paterfamilias tinha total controle sobre todos os membros.

A família na Grécia antiga

Na Grécia antiga, a ideia de família diferia da de Roma. A família grega, chamada de “oikos“, era formada pelo chefe da casa, sua esposa e seus filhos.

Diferentemente da família romana, os membros da família grega eram livres, ou seja, não havia escravos domésticos. O chefe da casa tinha a responsabilidade de cuidar das terras e dos bens da família, e tinha poder absoluto. Mas esse poder era menos forte do que na família romana, e o chefe da casa precisava escutar a opinião da esposa e dos filhos em algumas decisões.

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A família na Roma antiga

Na época da Roma antiga, a família era uma entidade importante e considerada a base da sociedade. Na família romana, o paterfamilias tinha muito poder e controle sobre os outros membros.

Por exemplo, o filho devia respeito pleno ao pai, e aquele que desobedecia era um “monstrum”, um fenômeno não natural e podia ser escravizado ou vendido como escravo.

Além dos filhos escravizados, a família romana costumava contar com escravos que trabalhavam em casa e também com clientes que precisavam da ajuda do paterfamilias em troca de serviços.

O casamento como a base familiar sacramental

O pensamento judaico-cristão transformou o casamento em algo sagrado, visto como uma união especial e permanente diante de Deus.

Isso era bem diferente das práticas romanas, onde o divórcio acontecia com mais frequência. O casamento deixou de ser apenas um acordo social ou político e passou a ser valorizado como uma demonstração de amor e compromisso espiritual entre os parceiros.

A introdução dos valores mosaicos começou a minar a autoridade absoluta do chefe da família, colocando limites morais em seu poder. Por exemplo, práticas comuns como o infanticídio ou a venda de filhos, que eram permitidas em outras culturas, foram condenadas pela moral rabínica.

O conceito contemporâneo de família

Com o tempo, a ideia de família mudou bastante e ficou mais abrangente. Hoje, família é um grupo de pessoas com alguma relação de parentesco, seja por sangue ou não. E essa família pode ser bem diversa, com pais sozinhos, casais do mesmo sexo ou filhos adotados, por exemplo.

Essa transformação reflete as mudanças na sociedade e na cultura ao longo dos séculos. A ideia da família como uma unidade econômica e política, comandada por um chefe absoluto, foi substituída por um modelo que valoriza as relações afetivas entre seus membros.

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